XCOM foi convidada para o Encontro de Comunicadores pela Sustentabilidade, parte da programação paralela da COP40, por seu histórico de atuação ética e voltada à sustentabilidade
EL SALVADOR, 2034 – “Acabou o tempo das agências de comunicação que não se responsabilizam pelo ecossistema em que atuam”, afirmou Viviana Toletti, CEO da XCOM, durante o Encontro de Comunicadores pela Sustentabilidade, parte da programação paralela da COP 40, a Cúpula do Clima, nesta segunda, 3 de abril de 2034, na cidade de San Salvador, em El Salvador, América Central.
A CEO foi convidada, ao lado do diretor executivo da XCOM, Daniel Bruin, para discursarem no evento em virtude da história da agência, que completa duas décadas de atuação neste ano de 2034, e esteve à frente da comunicação de importantes marcas e projetos com foco em inovação, sustentabilidade e gestão de pessoas nos últimos anos.
“Há um movimento sendo consolidado no mundo todo, e que temos orgulho de liderar no Brasil, de compreensão do papel estratégico das agências de comunicação como stakeholders ativos frente aos problemas sociais que nos afligem”, afirmou. “Quem ajuda a vender comida ruim é responsável pelo adoecimento das pessoas; quem faz a campanha de um político corrupto está sujando as mãos no dinheiro da corrupção”, comparou.
Comunicação X problemas sociais e pesquisa da XCOM na COP40
Viviana apresentou em primeira mão a pesquisa “Reflexos Socioeconômicos Mundiais da Comunicação”, realizada em 13 países pela XCOM, que demonstra em números a influência das mensagens de comunicação na emissão de carbono pelas populações impactadas.
A pesquisa usa de maneira inédita as descobertas do estatístico Ashwin Varadarajan Deshmukh, ganhador do Nobel em 2029 em ciências econômicas, para mostrar de que forma as mensagens de comunicação impactam diferentes grupos de públicos, com divisões por gênero, classe social, idade e região de nascimento, entre outros recortes.
Entre as descobertas está a permanência de critérios racistas nos anúncios de vagas de emprego em 77 das 100 maiores empresas do mundo. Outro dado demonstra como a presença de crianças em propagandas de fast foods impacta não somente a obesidade infantil, mas nas taxas de suicídio e gravidez na adolescência, entre outros achados.
“É curioso que essas descobertas só aconteçam agora, em 2034, praticamente um século depois que Gramsci compreendeu como a comunicação e a cultura são usados manter ideologias dominantes, no que ele chamou de hegemonia cultural”, afirmou.
Desafios mundiais e brasileiros
Falando a um auditório de mais de 400 pessoas, de várias origens e etnias, Daniel Bruin lamentou a situação pela qual passa o Mundo, com quase 4 bilhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, em decorrência das mudanças climáticas, da desigualdade de renda, das guerras e das crises migratórias. “Isso representa um aumento de 54% em relação a 10 anos atrás. Em um mundo que produz alimento mais facilmente, se comunica mais facilmente, possui inteligência artificial, veículos avançados, biotecnologia como nunca tivemos, é inexplicável que quase metade do planeta ainda passe fome!”, indignou-se.
Como lembrou o diretor executivo, o Brasil vem passando por problemas graves nos últimos anos, decorrentes de uma convergência entre crise climática, racismo e imensa desigualdade social. Só para citar alguns dados alarmantes, a crise do clima provocou em 2027 o deslocamento temporário de mais de 22 milhões de pessoas, ou cerca de 10% da sua população do país. As regiões mais afetadas foram o Sudeste, em decorrência de chuvas, enchentes e alagamentos, e o Nordeste, onde a seca se intensificou para muito além do semiárido e das regiões áridas.
“Temos problemas seríssimos, mas tudo indica que finalmente os estamos enfrentando”, afirma Viviana, lembrando as ‘Jornadas Pretas’, movimentos sociais que eclodiram em 2027, fortemente pautados pela voz da população periférica em resposta à crise econômica e climática. “As jornadas começaram uma verdadeira reviravolta na política brasileira”, explicou.
Segundo a CEO, as eleições de 2028 levaram às Câmaras de Vereadores e prefeituras centenas de lideranças do movimento, com pautas ligadas à realidade das pessoas periféricas e defesa da maioria da população, predominantemente preta e parda no Brasil. “Sem esse crescimento, seria impossível a eleição de Kharina Souza, ambientalista histórica, que se tornou presidenta em 2030, aos 76 anos”.
A eleição da ambientalista é considerada uma virada histórica na política brasileira e mundial, por barrar a extração de petróleo na foz do Amazonas e conseguir unir o país em torno da necessidade de gerar empregos verdes e desenvolver mecanismos robustos de proteção contra as mudanças climáticas para a população pobre. “Ao mesmo tempo que nosso país reduziu a jornada de trabalho para 30 horas semanais, foi implementado um programa robusto de requalificação de nossos trabalhadores para as novas economias”, lembrou a executiva.
XCOM e a comunicação ética, sustentável e premiada na COP40!
“E nós tivemos o orgulho de sermos uma das primeiras agências a implementar a jornada semanal de 30 horas para nossos funcionários. Fizemos isso em 2028, e a Lei Nacional veio só em 31”, comemorou Viviana, que lembra outras conquistas que levaram a XCOM ao pódio das agências mais inovadoras do país.
“Sempre tivemos esse DNA de olhar para as pessoas, para o que elas sentem, desejam, sonham. Esse é cerne de qualquer inovação, é o chão fértil para a criatividade, a diversidade o dinamismo”, afirmou.
Os resultados estão aí para demonstrar. Vencedora por duas vezes nos últimos dez anos do Prêmio Caboré na categoria Agência de Comunicação, a XCOM coleciona dezenas de prêmios de seus profissionais e campanhas, muitas delas ligadas a causas e sustentabilidade.
Vale destacar que a agência pertence ao Sistema B desde 2024, ou seja, é comprovadamente uma empresa se compromete com o bem-estar social e ambiental ao seu redor. Isso se reflete por exemplo, na seleção de fornecedores e clientes da agência.
“Temos orgulho de influenciar toda a nossa cadeia produtiva por práticas éticas e sustentáveis”, afirma Viviana Toletti. “O Mundo vem nos dando avisos há séculos e não ouvimos. Tenho esperança, sei que sobreviveremos. Mas isso só vai acontecer com solidariedade, diversidade e justiça social. Sem isso, nenhuma comunicação tem razão de existir”, afirmou.
* Este texto é uma obra de ficção criada em comemoração aos 10 anos da XCOM, completados em 2024. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.