Como a comunicação pode ser efetiva e perdurar em nosso atual momento?
Estamos todos exaustos, inundados pela hiperconexão. Para se ter ideia, de acordo com a Data.AI, passamos mais de 5 horas por dia colados no celular. E este é apenas um dos dispositivos aos quais estamos conectados.
Consumimos tudo em diferentes meios ao mesmo tempo e, quando percebemos, mal lembramos o que foi feito no dia. Diversas notificações saltam nas telas, mensagens são recebidas e enviadas em todos os canais e, a gentileza parece seguir em falta nas relações humanas.
Mas existe uma mágica que nos faz querer algo apesar de tudo. E essa “coisa” é totalmente explicável e vai além do poder de compra: é a identificação.
Comunicar para conectar: como a Comunicação pode criar identificação na Era Digital e da hiperconexão?
Partindo do pressuposto de que toda marca comunica para seu cliente final e, teoricamente, o conhece, sabe onde encontrá-lo e como conversar com ele nos canais, essa identificação parece fácil. Mas não é.
Por isso, tão importante quanto conhecer seu cliente e dominar sua persona é também vivenciar sua marca e seus valores a tal ponto de ser lembrado por tais motivos.
A modernidade nos ensinou a tratar nossas relações de forma líquida. Se antigamente os produtos eram feitos para durar anos, hoje duram pouquíssimo tempo. E, se esse comportamento é levado a toda relação, seja ela amorosa, de trabalho ou de consumo, fica fácil deixar com que qualquer crise abale uma marca se o nome não tiver força embasada em seus valores, não fizer jus sobre suas origens e se a comunicação (além do produto vendido) não se diferenciar dos concorrentes.
Em tempos tão frágeis em que redes sociais novas nascem e findam sua trajetória rapidamente, não é mais possível não pensar em multicanalidade. Também não é tão interessante comunicar apenas por comunicar, postar só por postar. É necessário ter sua característica sublinhada nas vendas, nas campanhas e nos barulhos diversos por aí. Porque, sim, o consumismo libera a criatividade advinda do subconsciente, mas estamos deixando de comprar por comprar. E mesmo que compremos algo apenas por uma necessidade fisiológica, ninguém deseja ser lembrado por uma situação tão en passant, tão simplória.
Então o que me faz comprar seu produto? O que me faz querer procurar pela sua marca? A comunicação é feita de perguntas.
Tudo que perdura, que se mantém apesar do transitório, do inconsequente e do incontrolável, faz história. Se mantém moderno, vivo e necessário. E como foi falado, isso só é possível porque causa identificação no outro. Ou seja: porque conversa com gente.
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