Em palestra exclusiva, o CEO do Cannes Lions, maior festival de criatividade do mundo destaca a importância do humor na criação, a diversidade e a preocupação com a Inteligência Artificial
Na segunda-feira, 9 de outubro, a Unibes Cultural recebeu o CEO do Cannes Lions, Simon Cook. A convite do Grupo Estadão, representante oficial do festival no Brasil, o executivo trouxe o que de melhor aconteceu nesta edição e o que espera do maior festival de criatividade do mundo em 2024, além de destacar o Brasil, que obteve sua melhor participação nos últimos anos. Exclusivo para convidados, o evento contou com a presença da XCOM.
Cook começou destacando a trajetória brasileira, que é o terceiro colocado na quantidade de troféus na história, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. “O Brasil é incrível e a sua inspiração é a criatividade”, afirmou sobre o Brasil, que neste ano arrebatou 92 Leões, sendo 2 Grand Prix, 1 Titanium Lions, 11 Ouros, 28 Pratas e 50 Bronzes.
Cook destacou cinco pontos que considera fundamentais para alavancar a construção de marcas: Redefinir impacto, entender a diferença entre resultados imediatos e de longo prazo; Diferencial, ir contra as tendências e fazer o que os demais não fazem; Jogadas Práticas, trabalhar a sua marca de forma criativa e aproveitando espaços para evidenciá-la; Destreza de Dados, usá-los criativamente para contar histórias; e Entretenimento em Evolução, mais uma vez Cook destacou a utilização do humor ao contar histórias, destacando que os dados apontam que o humor aumenta em 90% a chance de clique.
A diversidade e discussões sobre questões raciais e ESG também tiveram espaço. E Cook afirmou que existem marcas que já trabalham o tema em suas campanhas e estão envolvidas em diversas causas muito importante. E reforçou que o festival convida marcas, agências e demais plataformas para contribuir com o assunto.
Mas qual lição podemos tirar da edição de 2023?
Não apenas para Cannes Lions, mas o tema deixado por Cook para o final da palestra responde bem essa questão, afinal, um dos temas que mais ganhou espaço nos eventos em todo o mundo também permeou o festival: a Inteligência Artificial (IA). “A IA esteve presente em 73% dos trabalhos inscritos”.
O executivo reconheceu a sua eficácia, mas também demonstrou preocupação e valorizou a criatividade e a direção humana. “É uma ferramenta útil se tiver a criatividade humana na estratégia. Nós podemos decidir o que é bom ou não. Caso contrário, teríamos trabalhos medíocres”, afirmou.
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