Gestão de crise é fundamental para garantir a reputação da marca em situações adversas como a forte crise climática que enfrenta o Rio Grande do Sul
A tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul matou centenas de pessoas e deixou milhares de desabrigados. O problema no estado, principalmente na capital gaúcha e em cidades da Serra Gaúcha, não tem precedentes no Brasil e pode ser bem maior do que imaginamos.
Além dos prejuízos sociais, o estado enfrenta um grande problema financeiro, já que, além de o governo não ter recursos suficientes para conter os estragos, muitas empresas instaladas e que operam na região foram prejudicadas, sobretudo os pequenos e médios negócios.
Apesar de as chuvas fortes terem atingido o RS, a previsão é que todo o país sinta o efeito da tragédia na economia. Por isso, empresas de todos os setores, dentro e fora do Rio Grande do Sul, estão se preparando para mitigar os efeitos avassaladores da tragédia, e a gestão de crise tem sido um dos caminhos para conter os estragos.
Claro que as marcas não conseguiram prever algo tão trágico, mas, com certeza, corporações que investem em planejamento de crise já deveriam estar preparadas para alguma situação relacionada aos efeitos climáticos, levando em consideração o que ocorreu no ano passado em Santa Catarina, que teve várias cidades atingidas por eventos relacionados ao clima. Além disso, algumas marcas usaram como exemplo a situação vivida no Brasil durante a pandemia da COVID-19 e aprenderam a agir rapidamente em momentos de maior gravidade.
Neste artigo, vamos explicar a importância do gerenciamento de crise em qualquer situação e destacar as ações realizadas por empresas que operam no Rio Grande do Sul para reduzir os efeitos da tragédia climática em âmbito financeiro e social. Continue a leitura para saber mais sobre gestão de crises.
Gestão de crise: o que é e como implantar nos negócios?
Gerenciar uma crise não é nada fácil, ainda mais quando as empresas são pegas de surpresa. Essa gestão nada mais é do que lidar com momentos inesperados. Esses problemas podem ser ocasionados por uma situação interna, como, por exemplo, problemas administrativos, crise com fornecedores ou greve de funcionários. Situações externas também podem afetar uma corporação de forma negativa, como crise econômica, crise climática, situação política, entre outros.
Para cada um desses possíveis problemas, a marca precisa estar preparada para uma tomada de decisão rápida e eficaz. Portanto, para que a crise não cause prejuízos profundos ao negócio, é necessário identificar as fontes de risco para lidar com problemas futuros e adotar medidas de prevenção. Essas ações devem ser traçadas em um plano de contingência, que deve ser utilizado imediatamente assim que os problemas surgirem. Para isso, todos os colaboradores devem ser treinados para colocar o planejamento em prática.
Para desenvolver um planejamento estratégico eficiente de gerenciamento de crise, é necessário conhecer todos os riscos aos quais a sua empresa está sujeita e se preparar para dificuldades futuras. Claro que nem tudo pode ser previsto, como, por exemplo, uma pandemia ou uma catástrofe ambiental na proporção que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul.
Entretanto, mesmo que alguns problemas ocorram de forma surpreendente, marcas que investem em gerenciamento de crises sofrem bem menos do que aquelas que não estão preparadas. Por terem planos estratégicos voltados para diferentes cenários, os gestores estão mais preparados para agir rapidamente.
Como as empresas estão contendo a crise criada pelos eventos climáticos no RS?
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul tiveram proporções inimagináveis: pessoas que perderam suas vidas, famílias desabrigadas, imóveis destruídos, empresas fechadas e muita gente sem saber o que fazer.
Em relação as empresas, não apenas o prejuízo financeiro impactou o negócio, mas o social. Algumas corporações estão lidando com desaparecimento de colaboradores, com sedes alagadas, com funcionários que perderam suas famílias e casas. Tudo é incalculável.
Entretanto, para ajudar os colaboradores e, também para reduzir os prejuízos financeiros, as marcas que operam no Rio Grande do Sul precisaram agir rápido. Supermercados funcionam em horário especial e estão controlando o estoque para não faltar produtos. Alguns hotéis e pousadas optaram por convencer turistas a não cancelarem as reservas, mas sim remarcarem.
Empresas de logísticas também foram impactadas com os estragos ocasionados pelas chuvas dos últimos dias, já que muitas rodovias foram bloqueadas. Algumas estão contando com suas unidades em outros estados para amenizar os problemas relacionados à crise.
Ajuda humanitária
Além de conter os estragos nas finanças, as empresas se mobilizaram para criarem uma rede de ajuda humanitária. Nas redes sociais, as marcas demonstram preocupação com o bem-estar dos moradores do Rio Grande do Sul e incentivam doações de roupas, alimentos e até mesmo dinheiro.
Em parceria com entidades sem fins lucrativos, bancos e companhia aéreas fazem doações em dinheiro para ajudar famílias desabrigadas, além de apoiar ações emergenciais.
Em relação a situação vivida pelos colaboradores, grandes marcas optaram por apoiá-los financeiramente por meio de adiantamento do 13º salário e abonar as faltas durante o período de chuvas na região para evitar cortes salariais, doam cestas básicas e dão apoio psicológico.
Ao adotarem medidas humanitárias, as marcas passam uma imagem importante para os consumidores, demonstrando que não pensam apenas em lucro, mas que se importam com o bem-estar das pessoas. Mas, não é só isso, ajudar na recuperação do estado gaúcho, unindo-se aos governos e às entidades sociais, as marcas mitigam os prejuízos econômicos, podendo acelerar a sua recuperação.
Comitê de gerenciamento de crise
A crise alavancada em diversas empresas por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul é só um exemplo de fatores que podem arruinar uma marca. Entretanto, não é apenas esse motivo que pode atingir uma marca. A maioria das vezes, a reputação de uma marca pode ser colocada à prova por fatores interno e, que podem ser previamente identificados ou previstos.
Por isso, ter um plano de gerenciamento de crise é necessário. Mas para ser eficaz, esse plano conter um comitê de gestão de crises, formado por uma equipe multidisciplinar, composta pelo CEO, representante do jurídico, gestores dos diferentes departamentos e com profissionais de relações públicas ou marketing.
Nestas horas delicadas, a comunicação deve ser a mais eficiente, pois a empresa precisa ser transparente com o mercado e com os stakeholders. E isso não significa apenas definir um porta-voz. Essa escolha deve ser estratégica, definindo um representante que tenha autoridade e saiba se comunicar, saiba lidar diferentes meios de comunicação, além de contar com uma equipe capaz de elaborar declarações coerentes para a imprensa, prezando sempre pela transparência e em preservar a imagem da marca.
E aí, a sua empresa já tem um gerenciamento de crise? Conte com a XCOM para te ajudar. Entre em contato!